domingo, 15 de maio de 2011

Quando ?

Postado por Infinito Particular às 11:50 0 comentários
Quando Assim

Quando eu era espera,
Nada era, nem chovia, nem fazia;
Só senti que a calma, não acalma
Quando só a solidão.
Quando eu era estrela
Era inteira na mentira que eu dizia
Ser o que não era,
Convencia, dentro da minha ilusão
Quando eu fui nada,
Faltou nada, tudo pronto pra escrever
Eu não sabia buscar,
Foi quando apareceu,
O que quis inventar,
Pra preencher o meu mundo particular,
No peito que era seu
No seu mundo não há
Mais nada que não eu,
Já sei dizer que o amor pode acordar.
Eu não sabia buscar,
Foi quando apareceu,
O que quis inventar,
Pra preencher o meu mundo particular,
No peito que era seu
No seu mundo não há
Mais nada que não eu,
Já sei dizer que o amor pode acordar. ♪



Quando fui vida, fui sorte. Desconhecia cada passo, mas me guiei ao norte. Ou será que foi ao sul? Cheguei aqui debaixo de chuva e me enfiei num barraco velho apinhado de lembranças alheias. Queria deixar as minhas ali também. Abri a janela. Fui espera.Valeu a pena. Amanheceu. E um raio de sol, tímido, entrou pela janela, tocou minha pele. Pequena coisa. Grande felicidade. Eu não estava mais perdida. Não havia nem chuva nem tempestadade. Havia apenas vontade. Encontrei meu rumo: iria aonde houvesse sol. 

Eu podia ouvir o vento sussurrando meu nome.

Postado por Jéssica.

Cordel Encantado

Postado por Infinito Particular às 09:39 0 comentários


Menina minha
Flor de fruta
Que nasce no pé do cerrado
Vem, caminha,
Voa livre
E pousa aqui do meu lado
Que sozinha
Nesta vida
É viver desperdiçado
É perder o trem na linha
Esperando o já passado

Me perdoa assim, a pressa
De dizer de antemão
Tanta coisa, e coisa essa
Que mais parece sermão
De padre que se apressa
E xinga já na oração
É que te vi assim, amuada
Feito quem não se interessa
Que não está amrgurada
Nem doce no coração
Feito só mais uma peça
Sem cara na multidão

Vi o seu olhar sem lua
E lembrei do céu das noites
Que era só escuridão
Li assim na alma sua
Que nem sabe o que te cabe
Nesse imenso sertão

Mas morena, continua
A pensar no que se sabe
Do aprender sem lição
Lembra logo que a aventura
É viver bem de verdade
Como se não houvesse não

De onde eu vim havia fome
Sol forte, trabalho e enxada
Pra trazer dignidade
De mim só sabiam o nome
Que era o que me batizava
E me fazia ser verdade
Só sabiam que eu era homem
E ninguém me perguntava
Meus sonhos de mocidade
O menino que é a gente some
Assim que a terra secava
E amnhã já era tarde

Mas como se fosse mágica
De circo que sempre vem
A nossa vida era trágica
Mas era feliz também
O pão que hoje faltava
A gente sabia que um dia tem
E sempre um pouco sobrava
Pra dividir com mais alguém
A gente nem reclamava
Nem também dizia "amém"
Ia vivendo, que é só vida
O que não dá pra viver sem
O resto a gente arranjava
Talvez hoje ou mais além

E se eu conto meus fazeres
Que parece até cordel
Das terras donde vivi
Não é pra me exibir
Ou dizer que sou melhor
Faço apenas pra tu veres
Que a alegria há de vir
Bem mais bela e bem maior
Basta apenas tu quereres
E espiar ao seu redor

Por isso, menina, olhe lá
A vida já começou
Deixe disso de esperar
Que quando ver, tudo acabou
Não tem hora para amar
Mesmo pra quem nunca amou
E se algo acaso terminar
Só acaba o que começou
Pense bem, minha menina
Em todo esse meu recado
Que a lição que vida ensina
É que o mundo já é encantado
Baixa só fechar a vista
Pra enxergar com atenção
Que a gente vê melhor, menina
Com os olhos do coração

Postado por: Marcela
 

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