domingo, 11 de julho de 2010

Pacato Cidadão

Postado por Infinito Particular às 18:45 0 comentários
Eu sei que não tem sido fácil.

Eu te vi tentar, eu me lembro. Eu me lembro que você realmente queria. Mudar. Ser melhor. Melhorar as coisas também. Ser mais feliz.
Eu me lembro ainda que eu te dei forças, a gente sabia qual era o caminho, e de repente, parecia que todo mundo sabia qual era o caminho. Era tão óbvio! É tão fácil.

Mas eu sei. O ombro pesou. Doeu, a consciência, o corpo até. E teve o baque da falta do conforto. Doeu, do mesmo jeito dói creser, e que dói aprender, mesmo que aprender seja no fim muito melhor do que nunca ter aprendido. Eu vi que as coisas foram acontecendo. Primeiro um imprevisto, depois outro. Eu senti o vento soprando para o lado contrário. Um vento gelado.
Eu também achei que podia ficar para depois. Eu também pensei bem, e vi que não era muito sensato. Imaturo, talvez.

Eu ouvi quando você chegou a falar no assunto, mas perdeu a confiança, não foi? Eu sei como tem sido difícil. Ninguém esperava isso, aliás, tem muita gente esperando outra coisa de você.

Eu te entendo. Eu te perdoô.
Eu sei que está doendo muito. Ainda mais do que antes.
Afinal, você é só um cidadão comum, meu Deus.

Mas você tem razão, era tudo tolice mesmo. Um sonho. Utopia, né?

Então... porque será que esse sufoco não sai do nosso peito?

Postado por: Marcela
 

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