segunda-feira, 23 de abril de 2012

Meu pitaco sobre o caso panicat e sua repercussão

Postado por Infinito Particular às 18:58 0 comentários

O negócio é o seguinte: a brincadeira do Pânico não teve graça. Sem novidades, né? Mas mesmo para quem já extrapolou a margem do bom senso, raspar a cabeça da moça foi de péssimo gosto. Ela, aliás, não sei como fica nessa história. Deve ter recebido para isso. Ou talvez só não tenha sabido escapar da armadilha da mais nova atração da Band.

O outro lado da moeda é que, como tudo nessa rede social de compartilhamento chamada Faceboook, a repercussão da coisa ficou enjoativa. Enjoativa e exagerada. A comparação com o câncer, sinceramente. As variações da revolta realmente encheram a paciência de qualquer um.

MAS o balanço final é que a revolta é precisa, que a revolta é bem-vinda, mesmo piegas, mesmo chata. Por que houve o tempo, minha gente, que a piada sem graça fazia o povo morrer de rir. Fiquei imaginando que seria muito pior se a repercussão pendesse para o outro lado; se a panicat continuasse a ser alvo da brincadeira, e não tema do protesto. Porque mesmo sendo uma panicat, mesmo podendo ela ter recebido por isso, e podendo, com certeza, se recusar a raspar o cabelo (e mesmo considerando o provável fato de que ela vai estar lá, rindo e rebolando, na semana que vem), ainda sim ela era a minoria daquela situação. Era a turma do Pânico de um lado, ela do outro. E se a gente rir da ridicularizarão das minorias, a piada sem graça pode continuar.

É claro que há coisas muito mais importantes no mundo. É CLARO. Tem Brasília, o assalto diário ao nosso bolso. Tem gente fazendo coisa muito mais perversa do que raspar cabelo de panicat. Mas é como a sua mãe te ensinou nos tempos de escola: não é porque seu colega tirou uma nota pior do que a sua que você vai fugir do castigo pela média perdida. Os políticos corruptos tem todo o meu asco. Mas o Pânico errou sim. E merece, sim, o “não curti” de milhares de internautas, mesmo que eles (nós) ainda não sejam o melhor exemplo de revolução.

Acho que a gente devia tolerar menos as extrapolações do humor. Acho que a gente devia tolerar mais a repercussão esbaforida e cafona do Face, se nos fundo as intenções forem boas. E acho que a gente merecia um humor mais criativo e menos dedo na ferida. Porque a vida já dói. E rir, hoje em dia, é que tá difícil.



Postado por: Marcela



 

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