sexta-feira, 2 de março de 2012

Eita gostinho gostoso !

Postado por Infinito Particular às 14:47 0 comentários
Encantam-me os finais felizes. Mas não os de contos de fadas. Gosto desses finais tortos, inesperados, sem qualquer plano, qualquer expectativa. Gosto do quanto podem ensinar. Gosto que me mostrem que a vida nem sempre vai ser como eu minuciosamente desenhei em minha mente, eles podem ser lindos. Lindamente imperfeitos. 

Gosto desses erros tão naturais que chegam a ser bobos. Dessa nossa tragédia cômica, desse nosso dia a dia. Dessa bossa-nova, já tão velhas em nossos ouvidos. Da comida saborosa, especial dos domingos. Dos encontros em família, das esperanças renovadas. Das datas tão especiais, que nos permitem tudo. E com tudo, digo sermos mais humanos. Sermos o carinho sem ganância. O dar sem esperar. O sorriso cru, sem nada mais. Gosto do rock gritado, do samba suado, do ‘to nem aí, quero mesmo é me divertir’. Nem sempre gosto de uma novela, mas gosto de ver como assistem a ela, do roer das unhas pelo final da mocinha. Gosto dos primeiros passos de um bebê, mas gosto também dos tropeços de quem teve que reapreender o que parecia tão simples – eles são a vitória mais glorificada. Gosto da união das mãos, e do fechar suave dos olhos, em procissão de fé. Gosto da fé, si. Ela já é um mundo de coisas. E por falar em um mundo, me lembro das coisas mundanas. Lembro-me das mudanças. De largar um compromisso inadiável, pra ganhar um abraço inesquecível. Gosto do riso que faz a barriga doer, e do choro que faz o mundo deixar de pensar sobre as nossas costas. Gosto, gosto, gosto... e posso gastar páginas me fartando dessas gostosuras.

E até quando não gosto, entre caretas e xingos, aprendo a gostar, porque querendo ou não, escolhendo ou deixando levar, essa é a vida. Vida da qual não espero mais nada além de viver dessas pequenas felicidades. E posso gostar de finais felizes, mas eu amo ‘meios’ felizes.

Postado por: Jéssica.

Costela de Adão

Postado por Infinito Particular às 08:13 0 comentários
Está chegando o Dia Internacional da Mulher. Sim, o dia dedicado à mim, à sua mãe, e à Angelina  Jolie. O dia da costela que, fora de Adão, realmente não parece ter saído dele. O dia da mulher é um dia de comemoração.
Mas de luta também, amorzinho, da bandeira da igualdade desfraldada na alma, pra que eles nunca mais esqueçam. É tempo de lutar, ainda. Mas não devia todo mundo saber que homens e mulheres são iguais, em direitos e deveres? Deveria, mas o mundo ainda engatinha. É preciso se fazer muito. Serão precisos ainda muitos oitos de março para a gente lembrar que dia da mulher é todo dia. E do homem também. Ainda será preciso contar muita história, de Simone de Beauvoir à Maria da Penha, para provar que os tempos mudaram. A sociedade evolui, gracias! O mundo está aprendendo sobre a mulher.
Espero pelo dia em que a questão da igualdade civil estará tão seguramente garantida e explicada à todos que poderemos nos dedicar sem culpa à discutir as deliciosas minúcias da existência feminina. O dia em que as pessoas vão aprender que quem ama não machuca, que fragilidade não tem sexo, que não há diferença moral entre um homem “pegador” e uma mulher “galinha”, e que os comportamentos femininos e masculinos devem ser condenáveis e exaltados na mesma proporção. Dia doce o dia em que o 8 de março será mais uma festa de se relembrar a história, e não de se dizer: “Ainda temos muito a fazer...”.
Minha ideia original era debater o sem número de assuntos que são - e devem ser - levantados no Dia Internacional da Mulher. Mas vamos fazer diferente. Vamos dar um passo à frente e falar não da luta da mulher, mas da sua graça, dos seus caprichos, da sua capacidade de ser divina.
Porque homens e mulheres são diferentes. Iguais em direitos, deveres, punição, perdão, intelecto, talento para pilotar o carro e o fogão. Mas são diferentes, felizmente, em muita coisa.
Afinal, o que querem as mulheres? Queremos justiça, em primeiro lugar. Queremos a concretização das promessas dos oitos de março. Depois queremos a liberdade de ser mulher, a mulher de Vinícius, de Botticelli, de Veríssimo, do Chico. A mulher de Adão, que daria todas as suas costelas para entender pelo menos um pouquinho da mágica.



Até o dia 8 de março, vou postar aqui no blog algumas das mais deliciosas crônicas e textos sobre a mulher. Amanhã tem Xico Sá. Aguardem!


Postado por: Marcela
 

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