domingo, 18 de julho de 2010

Baralho

Postado por Infinito Particular às 09:23 1 comentários
Todo mundo já jogou, isso é fato. Seja truco, buraco, copo d'água, burro, tapão, mico, mal-mal ou algum outro. E já fez casinha também. Algumas com vários andares e paredes reforçadas, outras só uma cabaninha hippie a beira mar (desculpa mais cult pela falta de habilidade de manter aquilo em pé).

Todo avô tem um amigo para jogar com ele, e todo adolescente pega o do avô pra jogar com os amigos. E tem sempre aquele baralho velho e bagunçado, que só serve para alguns jogos, mesmo assim com adaptações.

Sempre tem os que sabem os nomes oficiais dos nipes, e os que se explicam buscando comparações bem simplificadas, como "coraçãozinho" ou "pipa". (sim, eu estou no segundo grupo.)

Vai dar briga. Mas vai passar rapidinho.

Os jogos roubados são os mais comuns, os mais polêmicos e os mais divertidos.
Os jogos roubados mais divertidos são os roubados em grupo e descaradamente.

Todo mundo sempre topa jogar. A gente sempre lamenta não ter levado um baralho para algum lugar.

Ele tem acompanhado as noites urbanas há muito tempo, e é o passatempo mais divertido de madrugadas passadas em sítios.

Qualquer filme que tenha máfia, dinheiro ilegal, homens sedutores de chapéu, cigarros que nunca acabam e tiros que nunca acertam o Don Juan da parada precisam de uma cena crucial em volta da mesinha redonda, que tem grandes chances de ser derubada no final da partida.

Qualquer um teve que aprender a fazer o leque com as cartas, não foi só você.

Nada melhor para facilitar a intimidade. Quer aumentar a interação de grupos de amigos diferentes que estão em um mesmo ambiente? "Galera, vamos joga baralho?"

Toda professora já confiscou um no final do semestre.

E eu acho extremamente triste que muitos acabem ficando viciados no jogo, assim como fico extremamente triste com qualquer tipo de vício. Acho um horror quando jogar se torna uma compulsão e uma forma de se apostar o dinheiro que não se tem.

Mas adoro o lado saudável do baralho. A versatilidade e a simplicidade de uma partida já animaram muitas tardes da minha vida, e continuam preenchendo alguns domingos pós almoço, naqueles em que a gente lembra o quanto é legal ter amigos.

Pára de olhar minhas cartas !

Postado por: Marcela
 

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