sexta-feira, 25 de junho de 2010

Felicidade Clandestina

Postado por Infinito Particular às 11:12 0 comentários
Ele está lá.

E eu estou aqui escrevendo, de novo.
E se eu contar o tanto que eu o quis, o tanto que eu esperei por esse momento, ninguém vai conseguir entender porque eu estou esperando tanto.

Na verdade, nem eu mesma entendo. Talvez seja a ansiedade de saber que agora ele pode ser meu, por inteiro. Depois de tantas vezes ter imaginado esse momento, eu talvez esteja com medo de me decepcionar, agora que ele chegou. Talvez eu esteja fazendo como Clarisse Lispector, em "Felicidade Clandestina": finjo não tê-lo, só para depois ter a surpresa de descobrir que o tenho.

Ah, me deixe fingir que não te tenho. Vamos simular, só por uns instantes, que todo o tempo que estive atrás de você foi perdido, que foi em vão que te procurei por tantos lugares. Vamos fingir que você ainda está nos meus sonhos, perturbando as minhas noites e os meus dias, com essa sua ausência tão presente.
E agora, eu vou distraída para o meu quarto, onde te encontro, onde finalmente tenho você. Me permita sentir mais uma vez a sua existência inundando a minha vontade.

E embora eu pudesse viver para sempre na sensação desse jogo, de não ter só para depois descobrir que tenho, eu o quero de verdade. Por inteiro. E eu sei que depois dele nada será como antes. Pode parecer um exagero, mas eu sei que muitos me entendem.

Afinal, não acredito que eu seja a única que se apaixone por livros.
"Tudo se Ilumina", de Jonathan Safran Foer, hoje você vai finalmente ser meu. ;)

Postado por: Marcela
 

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