quinta-feira, 26 de julho de 2012

A quem o faz com maestria.

Postado por Infinito Particular às 06:52

No ato corriqueiro de virar as páginas de um livro, ou de correr os olhos na crônica do dia, esconde-se um homem. Um homem que é perturbado até mesmo durante a madrugada pelas palavras. Que pontua frases, para pontuar angústias. Rasura tristezas na esperança de transformá-las em sorrisos. Que vê o mundo com elevadíssimo teor poético. Que semeia sonhos, e é paciente em esperá-los brotarem na alma dos leitores. Que impaciente por mudanças, ignora tabus. Que derrama suas ideias, sem se preocupar onde elas podem respingar. Um sujeito, às vezes dito louco, que se atreve a parafrasear a vida. Compartilha sonhos, espalha segredos, diz o que até então parecia indizível. 

Celebra possibilidades infindáveis, inimagináveis e incomparáveis (e poderia me estender por tempos nos adjetivos) apenas pela combinação de palavras. “Ai, palavras, ai palavras, que estranha potência, a vossa!” Citando Cecília Meireles, revelo-me aqui, lembrando a todos que ontem, dia 25 de julho, foi comemorado o Dia Nacional do Escritor.

Não caberiam aqui todas as atribuições que um escritor tem, por isso, nem me atrevo a dizer que o descrevi. Fiz esse texto apenas para agradecê-lo. Agradecer a todos os escritores que escreveram, nem que seja uma palavra na minha vida e me fizeram para pra pensar. Que escreveram e descreveram o que eu não consegui. Que expandiram (e continuam expandindo) minha imaginação. Porque escritor tem nas mãos o dom de manusear, parafraseando Paulo Coelho, a mais terrível e mais covarde arma de destruição: a palavra. 

Pra mim, escritor é desses sujeitos abençoados, capaz de tornar tudo que toca uma fonte de inspiração.

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