segunda-feira, 24 de maio de 2010

Fanatismo Alternativo

Postado por Infinito Particular às 07:01 0 comentários
Normalmente eu sou uma pessoa muito tranquila. De verdade. Eu nunca fui do tipo extremista. Aliás, eu costumo ser bem ying-yang.

Mas eu estou começando a achar que tenho tendências ao fanatismo. É sério.

Se não for isso, como eu posso explicar a necessidade que eu sinto de tomar um capuccino no meio da manhã? Eu simplesmente faria qualquer coisa pra ter um aqui agora, com toda aquela espuma, quase derramando da xícara. E se tivesse um biscoitinho caseiro, então? Do branquinho, pode ser? Não quero nem pensar.

Mas não é só isso. Se fosse, a questão seria resolvida com a simples verdade de que eu sou aguada com algumas coisas. E isso inclui chocolate, só pra constar aqui. Porém, como explicar a fixação que eu tenho por algumas música? Como explicar a sensação de que eu estava absurdamente incompleta antes de ouvir aquela música? É claro que eu adoro música, e na minha playlist tenho faixas de todos os tipos, gêneros, autores, intérpretes e qualquer outra variação possível. Mas existem algumas que ultrapassam os limites do gostar. E eu até perco a noção de que existe a liberdade de expressão, que as preferências das pessoas devem ser respeitadas, que todos são livres para fazerem suas escolhas e que gosto não se discute, quando alguém solta que acha as minhas músicas chatas. Rrrrrrr !

Quando o assunto é lugares, meu fanatismo toma sua forma mais perigosa. Porque eu choro quando penso na Itália? Tipo, eu fico realmente emocionada. Eu leio livros que descrevem as ruelas, as paredes, as padarias, e eu começo a considerar o autor o meu melhor amigo, só porque ele também gosta da Itália. Se eu assistir um filme sobre a Itália, eu vou chorar. Se eu provar um prato qualquer típico da Itália, eu vou gostar. Se alguém falar em italiano comigo, eu vou amar aquela pessoa instantaneamente. Ela pode me xinga em italiano, eu não me importo. Vai fundo.
A Itália talvez seja meu norte, mas não mexa com a América Latina. Eu estou avisando. Ninguém reclama dos países europeus, então não preciso me preocupar, mas não venha me dizer que a América Latina é sem graça. Não desvalorize esse caldeirão de culturas, pelo qual eu ponho minhas duas mãos no fogo. Não estou falando que a América Latina não tem problemas, mas me dói (e me causa raiva) quando a parte linda, histórica e mágica desse povo não é reconhecida. Eu sou fanática pela América Latina, hermanos. Estou avisando.
Ouro Preto é o lugar que eu amo de paixão e já conheci. O que é ótimo, porque significa que eu não tenho uma ilusão. Eu já fui lá muitas vezes, e eu iria lá todos os dias, se pudesse. Que sensação é aquela que a gente tem quando está em Ouro Preto? Se existem vidas passadas, tenho certeza que a minha foi ali. E foi uma vida muito boa.

Meu fanatismo não acaba aí. Eu sou louca por alguns filmes, que assisto sempre que eu posso. Eu amo livro novo. Eu amo livro velho. Eu faria qualquer coisa pra ser a dona do parque municipal, e eu venderia minha alma pra ter inventado a Capitu, antes de Machado de Assis.
Eu adoro quando as pessoas se reúnem pra fazer uma coisa diferente, eu amo jogar baralho roubando o máximo possível no jogo, eu sou apaixonada pela minha cachorra e por todos os labradores dos filmes, sou louca pelos desenhos da pixar, faria tudo pra ficar bronzeada o ano inteiro e para poder viajar o máximo possível.

E eu não vou medir as consequências se o assunto for casarões históricos ou a broa da minha mãe.

Se querem saber, é melhor tomar cuidado comigo.

Itália. Tem como não amar?

Postado por: Marcela

quarta-feira, 19 de maio de 2010

1,2 e... começou!

Postado por Infinito Particular às 04:57 1 comentários
Escrever sempre foi minha paixão, e existem muitas vantagens nisso.
No meu escrever tem espaço para todas as outras paixões, porque a gente nunca vive de uma paixão só. É escrevendo que eu conto o que me dói, o que me alegra, o que me eleva. É escrevendo que eu divido com as pessoas o meu desejo de mudar o mundo e a minha paixão por pão de queijo. É escrevendo que eu registro a aventura que é andar de ônibus e como é altamente perigoso viver sem provar de fortes emoções. A escrita inverte as coisas, mas a lógica não se altera. O que se escreve sempre encontra uma maneira de ser, na súplica ou na ironia, na leveza ou na tensão. Escrever é a minha paixão, porque é a única maneira que encontrei de declarar meu amor incontrolável pela vida.

Eu estou tentando apenas explicar porque estou aqui, finalmente inaugurando um blog que nunca passava de idéia. Sem grandes pretensões, só quero dividir as minha impressões de mundo, desde os fatos mais banais do cotidiano até aquelas coisas que inquietam a alma da gente. Também não contem sempre com um texto muito inspirado: escrever é muitas vezes uma válvula de escape, e não existe regra ou perfeição para um ato totalmente emocional (porque escrever, de verdade, não é algo racional como parece ser. É muito mais do sentir do que do pensar).

E se nesse caminho de encontro com meu infinito particular eu conseguir atingir particularmente a infinidade de alguém, qualquer alguém, eu vou ter mais um motivo para amar escrever.
Até mais!

Postado por: Marcela

sábado, 15 de maio de 2010

Postado por Infinito Particular às 11:31 0 comentários

Infinito Particular   Marisa Monte

Eis o melhor e o pior de mim 

O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular ♪


 

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