terça-feira, 17 de maio de 2011

A Chave do Enigma

Postado por Infinito Particular às 08:24 0 comentários
O Estado de Minas publicou no caderno Cultura de domingo passado uma notícia super lindinha, principalmente para os nova-limenses: O distrito de Macacos vai abrigar em breve um memorial de Fernando Sabino.

A ideia é do filho dele, Bernardo Sabino, que mora lá em Macacos. O memorial vai contar com um acervo de fotos e gravações de voz do Fernando Sabino e também com obras de crianças de escolas públicas de Minas inspiradas nos textos do autor, cronista que "ajudou a fixar o gênero, estilista da simplicidade".

Ele tem vários textos lindos, mas vou ficar com "A última crônica", que foi o meu primeiro flerte com o autor. Eu disse flerte? Na verdade, foi amor à primeira vista. Vim a descobrir mais tarde que a situação descrita no texto aconteceu de verdade. Sabino era assim mesmo, observador do cotidiano, mas um observador atento e apaixonado que em tudo via matéria para seus textos encantadores. 


A úlima crônica
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho -- um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.



"O TURISTA perguntou ao mineiro por que o Estado de Minas Gerais é conhecido como "As Alterosas".

— Sei não — foi a resposta. — Vai ver que é por causa das mulheres mineiras, que são muito alterosas. Basta uma para dar logo alteração". ;)
Fernando Sabino


Postado por: Marcela


domingo, 15 de maio de 2011

Quando ?

Postado por Infinito Particular às 11:50 0 comentários
Quando Assim

Quando eu era espera,
Nada era, nem chovia, nem fazia;
Só senti que a calma, não acalma
Quando só a solidão.
Quando eu era estrela
Era inteira na mentira que eu dizia
Ser o que não era,
Convencia, dentro da minha ilusão
Quando eu fui nada,
Faltou nada, tudo pronto pra escrever
Eu não sabia buscar,
Foi quando apareceu,
O que quis inventar,
Pra preencher o meu mundo particular,
No peito que era seu
No seu mundo não há
Mais nada que não eu,
Já sei dizer que o amor pode acordar.
Eu não sabia buscar,
Foi quando apareceu,
O que quis inventar,
Pra preencher o meu mundo particular,
No peito que era seu
No seu mundo não há
Mais nada que não eu,
Já sei dizer que o amor pode acordar. ♪



Quando fui vida, fui sorte. Desconhecia cada passo, mas me guiei ao norte. Ou será que foi ao sul? Cheguei aqui debaixo de chuva e me enfiei num barraco velho apinhado de lembranças alheias. Queria deixar as minhas ali também. Abri a janela. Fui espera.Valeu a pena. Amanheceu. E um raio de sol, tímido, entrou pela janela, tocou minha pele. Pequena coisa. Grande felicidade. Eu não estava mais perdida. Não havia nem chuva nem tempestadade. Havia apenas vontade. Encontrei meu rumo: iria aonde houvesse sol. 

Eu podia ouvir o vento sussurrando meu nome.

Postado por Jéssica.

Cordel Encantado

Postado por Infinito Particular às 09:39 0 comentários


Menina minha
Flor de fruta
Que nasce no pé do cerrado
Vem, caminha,
Voa livre
E pousa aqui do meu lado
Que sozinha
Nesta vida
É viver desperdiçado
É perder o trem na linha
Esperando o já passado

Me perdoa assim, a pressa
De dizer de antemão
Tanta coisa, e coisa essa
Que mais parece sermão
De padre que se apressa
E xinga já na oração
É que te vi assim, amuada
Feito quem não se interessa
Que não está amrgurada
Nem doce no coração
Feito só mais uma peça
Sem cara na multidão

Vi o seu olhar sem lua
E lembrei do céu das noites
Que era só escuridão
Li assim na alma sua
Que nem sabe o que te cabe
Nesse imenso sertão

Mas morena, continua
A pensar no que se sabe
Do aprender sem lição
Lembra logo que a aventura
É viver bem de verdade
Como se não houvesse não

De onde eu vim havia fome
Sol forte, trabalho e enxada
Pra trazer dignidade
De mim só sabiam o nome
Que era o que me batizava
E me fazia ser verdade
Só sabiam que eu era homem
E ninguém me perguntava
Meus sonhos de mocidade
O menino que é a gente some
Assim que a terra secava
E amnhã já era tarde

Mas como se fosse mágica
De circo que sempre vem
A nossa vida era trágica
Mas era feliz também
O pão que hoje faltava
A gente sabia que um dia tem
E sempre um pouco sobrava
Pra dividir com mais alguém
A gente nem reclamava
Nem também dizia "amém"
Ia vivendo, que é só vida
O que não dá pra viver sem
O resto a gente arranjava
Talvez hoje ou mais além

E se eu conto meus fazeres
Que parece até cordel
Das terras donde vivi
Não é pra me exibir
Ou dizer que sou melhor
Faço apenas pra tu veres
Que a alegria há de vir
Bem mais bela e bem maior
Basta apenas tu quereres
E espiar ao seu redor

Por isso, menina, olhe lá
A vida já começou
Deixe disso de esperar
Que quando ver, tudo acabou
Não tem hora para amar
Mesmo pra quem nunca amou
E se algo acaso terminar
Só acaba o que começou
Pense bem, minha menina
Em todo esse meu recado
Que a lição que vida ensina
É que o mundo já é encantado
Baixa só fechar a vista
Pra enxergar com atenção
Que a gente vê melhor, menina
Com os olhos do coração

Postado por: Marcela

quarta-feira, 11 de maio de 2011

And treat you right

Postado por Infinito Particular às 20:16 0 comentários
Hoje completaram-se trinta anos desde a morte de Bob Marley. Muita gente no mundo prestou sua homenagem, e relembrou a trajetória do cantor/ativista/pacifista/etc.

Acho que não tenho autoridade nem maestria suficiente para falar de Bob Marley, porque apesar de saber que ele foi um homem comum, cheio de defeitos, e que a imagem que temos dele hoje é muito mais a consolidação de um mito, gosto do que esse mito representa. Gosto da ideologia associadas à figura de Bob Marley, e da simbologia que ele traz para pessoas que acreditam que as coisas podem ser de outro jeito. De qualquer forma, trazer à tona discussões desse tipo não vai nos aproximar do que ele tanto pregava.

Mas queria falar de Bob Marley hoje. Então estou me dando licença poética para escrever sobre a paz que me dá essa sabedoria otimista dele, e toda a movimentação cultural que surgiu em torno disso. Quando penso em Bob Marley penso sempre em leveza. E numa leveza que não é sinônimo de falta de ação. Bob Marley deu a devida dignidade ao “don’t horry, be happy”, e isso abriu caminho para muita mudança.

Então prefiro deixar aqui um trechinho de uma de suas músicas, e a leveza da poesia do rei do reggae.

Is this love?
I wanna love you and treat you right
I wanna love you every day and every night
We'll be together with a roof right over our heads
We'll share the shelter of my single bed
We'll share the same room, yeah, oh jah provide the bread
Is this love, is this love, is this love
Is this love that I'm feeling?



Isto é amor?
Eu quero te amar e te tratar bem
Eu quero te amar todos os dias e todas as noites
Nós estaremos juntos com um telhado bem acima das nossas cabeças
Nós dividiremos o aconchego da minha cama de solteiro
Nós dividiremos o mesmo quarto, yeah, oh Jah garanta o pão

Isto é amor, isto é amor, isto é amor
Isto é amor que eu estou sentindo?



Postado por: Marcela

terça-feira, 10 de maio de 2011

Bom esquecimento

Postado por Infinito Particular às 07:49 2 comentários
Esqueço tudo. Onde coloquei as chaves. Se usei as chaves, ou se a porta está aberta. A data dos aniversários. A data de hoje, o que eu tenho para fazer hoje. Nomes, rostos e endereços. Datas históricas e sobrenomes importantes, recados e pedidos. E... o que mais? Não me lembro de tudo o que esqueço. Ainda bem.

Aí de vez em quando lembro de coisas tão pequenininhas que começo a rir dos critérios de seleção da minha memória. Lembro com facilidade de como conheci as pessoas, e qual foi nossa primeira conversa. Me lembro da minha primeira redação (se estão interessados: era sobre um macaquinho que morava numa ilha, aí ele avista um barco e fica se perguntando o que teria nele. E tinha uma vaca ¬¬). Mas visualizei não só o texto como o jeito que a professora falou, as reações dentro da salinha de pré-primário. Lembro de como eu descobri algumas verdades sobre o mundo, de “existem pessoas que passam fome” a “como nascem os bebês”; dos imprevistos de viagens e das músicas que ouvi em cada época da minha vida; dos nomes que gosto e já gostei; do que eu comi no Natal de 1998. Mas não lembro direito do que comi ontem.

Isso é um pouco constrangedor. Prometi mandar um e-mail para uma pessoa há quase dois meses atrás, mas sempre esqueço. Hoje contei que sabia de cor as falas e músicas de “A Bela e a Fera”, e ela me perguntou com uma certa ironia: mas do meu e-mail você não lembra, né?

Vou me virando, apesar disso. Nem sempre acho ruim: de vez em quando gosto de esquecer dessas coisas agendadas e superficiais, e de lembrar com paixão dos detalhes. Meus amigos vivem cuidando de mim para que eu não me perca por aí, nem deixe passar todas as datas de prova e eventos que combinei, e me perdoando por pedir coisas emprestadas todos os dias e por esquecer do aniversário deles. Também vivem tirando dúvidas sobre o que aconteceu mesmo ou não num desses casos que a gente reconta sempre, e me pedindo para lembrar coisas que todo mundo já esqueceu. E na graça das lembranças, eles se esquecem dos meus esquecimentos, e acham o máximo eu ter uma memória tão boa assim.


“O esquecimento, freqüentemente, é uma graça. Muito mais difícil que lembrar é esquecer! Fala-se de “boa memória”. Não se fala de “bom esquecimento”, como se esquecimento fosse apenas memória fraca. Não é não. Esquecimento é perdão, o alisamento do passado, igual ao que as ondas do mar fazem com a areia da praia durante a noite.” (Rubem Alves)


Postado por: Marcela

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Minha flor

Postado por Infinito Particular às 20:34 0 comentários
(Para a minha e para todas as mães)



Espatódea
Letra e música - Nando Reis (adaptada)

Minha cor
Minha flor
Minha cara

Quarta estrela
Letras, três
Uma estrada

Não sei se o mundo é bom
Mas ele ficou melhor
Quando você chegou
E perguntou:
Tem lugar pra mim?

Espatódea
Gineceu
Cor de pólen

Não sei o mundo é bom
Mas ele está melhor
Desde que você chegou
E explicou
O mundo pra mim

                                                                                Minha flor, me deixa por favor ser seu jardim. Me deixa assim, nascer de novo, nascer de dia a cada novo dia, como faz o sol que te faz viver. Me deixa molhar a terra, me deixa ser a chuva que lava sua cor, me leva daqui e me guarda com você, me leva com o vento que vem te despetalar. Me deixa ver as folhas, a raiz, o pólen, e também a clorofila e a fotossíntese, e tudo mais o que for você. Me deixa ser você de brincadeirinha, só para eu não ficar mais sozinha, nunca mais. Me deixa morar no seu jardim, me deixa ser o seu jardim e vem morar em mim, vem florir o que eu sou. Me deixa crescer bonita, me pode, me regue, me colha, me escolha na hora de lembrar das coisas boas da vida. Me deixa ser água e sol, presa na terra e solta no ar. Me perfume as mãos e me perdoe os espinhos, me cante com sua voz, me adube com seu saber. Me deixa te ver sorrir, me deixa te colorir e te proteger no parapeito da janela. Me queira na sua janela, me esqueça de vez em quando, mas lembre sempre de novo que de novo é primavera. Me deixa ser aquela brisa que bateu na tarde de ontem, e o orvalho que te molha quando já parece tarde. Me queira, enfim, de verdade, como se eu fosse flor; que eu te quero com um amor de criança que colheu de repente um presente, com um amor de quem planta e depois vê nascer, com um amor de princepezinho que quer ser cativado, te amo como quem sabe que o amor é acordar feliz por saber-se em um mundo com flor.

Postado por: Marcela

quarta-feira, 4 de maio de 2011

É pavê ou pacomê?

Postado por Infinito Particular às 13:35 0 comentários
Se você não riu da conhecida piadinha acima, não está sozinho. Já foi-se a época em que o trocadilho, que se pensarmos bem é até criativo, tinha o efeito de uma piada. Hoje em dia, embora persista e esteja presente em absolutamente todos os almoços de família, até mesmo quando a sobremesa servida não é um pavê (mousses, gelatinas, tortas e até bolos são usados como matéria prima para os piadistas, numa boa), ele já não causa uma risadinha nem na sua mãe. E olha que a sua mãe é bem educada e simpática quando fazem qualquer referência a comida dela.


O "é pavê ou pacomê?", porém, não está sozinho na categoria "piadinhas e brincadeirinhas típicas que já cansaram, pelo amor de Deus". E você, embora seja frequentemente o ouvinte dessas pérolas, também acaba caindo na tentação e soltando alguma delas. Quem não quer ser sempre o mala da situação pode evitar incorporar no seu repertório humorístico pelo menos os itens da lista a seguir:

As dez mais frequentes "piadinhas e brincadeirinhas típicas que já cansaram, pelo amor de Deus":


1. É pavê ou pacomê?

2. Ih fulano, esconde que a polícia tá chegando! (Se encaixa na categoria ação e reação. Não tem uma única sirene de polícia que não gere o comentário. E o pior é que obrigatoriamente não só o fulano precisa se manifestar com uma risada contida ou mesmo com uma falsa revolta sem maiores danos, como todos que ouviram a piadinha precisam rir da "inesperada brincadeira". Questão de etiqueta.)

3. Você é meu cunhado preferido [breve instante de suspense]. Mas também, eu só tenho um! ( O termo "cunhado" pode ser substiuído nesta frase por outro parentesco, cargo ou qualquer classificação. O pior é quando o piadista pára no suspense e você tem que completar o raciocínio.)

4. [Piadista diz, do nada] Parabéns! [vítima pergunta] Porque? [resposta e piadinha em si] Hoje é dia das bruxas! (31 de outubro #fail)

5. Fulano trouxe a chuva com ele. (Ninguém traz a chuva gente, por favor. Todo mundo sabe que elas estão ligadas a um mero capricho de São Pedro. Com a metereologia moderna, a alegação não tem mais graça nenhuma.)

6. [Ainda na categoria chuva] Fulano comeu na panela. (Conversas banais de casamento em dias chuvosos #fail)

7. Come logo que fulano já está no repeteco! (Tem sempre alguém vigiando quantas vezes os convidados fazem o prato, impressionante.)

8. A-ha, U-hu, ô fulano eu vou comer seu bolo! (Ok, eu sempre puxo essa. Adoro. Mas tenho consciência que sou a "mala" do parabéns, por que, francamente, todo mundo sabe que bolo não rima com u-hul. E todo mundo sabe o que rima com u-hul.)

9. Cuidado, fulano tirou carteira! (Mais um que vai ficar parado no trânsito. Que perigo, hein?)

10. Que menino bonito, nem parece seu filho! (O Ratinho talvez ria dessa. Mas ele não vale, porque também entra na lista de coisas que já cansaram a muito tempo)


Enfim, só rindo para não chorar.

E aviso aos navegantes: Dias das Mães sempre tem pavê!



Postado por: Marcela
 

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