segunda-feira, 28 de junho de 2010

Minha Restrospectiva Pessoal da Copa

Postado por Infinito Particular às 05:41 0 comentários
Época de Copa é também a época de Retrospectivas da Copa. Faz-se retrospectivas do evento, do desempenho do Brasil no evento, do desempenho de um jogador do Brasil no evento, enfim, com os mais diversos focos, mas sempre relembrando fatos marcantes das Copas do Mundo.

Pensando nisso eu me dei conta que existem muitos fatos associados à Copa que foram extremamente marcantes para mim, mas que não vão entrar em nenhuma retrospectiva oficial (a menos que eu seja a grande promessa do futebol para 2014, e o futebol teria que mudar muito para isso ser perto de possível; tipo teriam que eliminar a bola, ou algo assim). Foi por isso que eu resolvi fazer a Minha Restrospectiva Pessoal da Copa, uma reunião de todos os fatos e situações relacionados aos mundiais que são inesquecíveis (para mim).

Minha Retrospectiva Pessoal Da Copa:

1998 - França

A primeira coisa que eu lembro sempre é daquele bichinho azul e vermelho, mascote da Copa da França, que é a primeira Copa da qual eu me lembro. Eu teimava que ele era um pica-pau, embora todo mundo o chamasse de "Galinho". Eu ainda acho que traduziram errado.

Lembro que na escola eu ganhei os antecedentes da vuvuzela: uma boquinha-apito verde e amarela, uma cornetinha verde, um palitinho que sustentava duas mãozinhas que batiam palmas (uma verde e uma amarela) e um apito amarelo que sumiu misteriosamente depois que eu fiz uso dele durante os 45 minutos do 1º e do 2º tempos do primeiro jogo, para desespero de quem assistiu comigo.

Eu lembro que nunca falava "Zidane", e sempre me referia a ele como "aquele cara careca", porque eu achava muito feio ficar falando palavrão, mesmo que o nome dele fosse um palavrão.

Eu lembro que fiquei inconformada do Pelé não ter sido convocado. Meu pai me disse que ele estava velho, que já tinha se aposentado. Mas eu pensava "Cara, é o Pelé! É o melhor do mundo de todos os tempos. Não é possível que ele desaprendeu tudo o que sabia." Achei um tremendo desperdício.

A minha irmã mais nova, usando todos os acessórios verdes e amarelos que ela conseguiu encontrar na casa do meu avô, inclusive uma fronha de travesseiro que ela amarrou no calcanhar, pulando igual uma pipoquinha e gritando "Brasil, Brasil, Brasil", durante os últimos dez minutos da final, quando perdemos para a França, é uma imagem que eu não vou esquecer nunca.

Aliás, eu não vou esquecer nunca a derrota para a França, especialmente porque a culpa foi toda minha. Eu tinha um estojo azul de lata onde eu guardava um régua de bichinhos que eu sempre levava nos dias de jogo. Era eu abrir o estojo na frente da Tv, o Brasil fazia um gol. É sério! Foi assim em todos os jogos. Aí, no dia da final, o que acontece? Eu esqueço o estojo em casa. É claro que o Brasil perdeu. Eu nunca vou me perdoar por isso.

2002 - Japão

Me lembro que o Brasil foi para a Copa na repescagem. Lembro que todo mundo estava xingando, e eu falava: pelo menos foi, isso é que é importante. Lembro que quando o Brasil ganhou eu me senti a mais entendida do assunto, e falava com todo mundo: "Aí, eu não disse?"

Eu amava o Felipão. Adorava o jeito que ele ia vestido para o campo (de moleton e tênis), adorava quando ele ficava vermelho de raiva ou de alegria. Eu achava que ele poderia ficar para sempre como técnico da seleção, e que aí ia ser moleza ganhar todas as Copas.

Lembro que eu assisti todos os jogos, mesmo os que foram de madrugada. Minha mãe me chamava e eu ficava sentada no sofá, para não correr o risco de dormir. Eu fazia questão de usar um pijama super velhinho que era meio verde. E eu adorava o fato de estar comendo pão de queijo no meio da noite.

Eu lembro que no jogo contra a Inglaterra, eu descobri um poder espetacular da minha irmã mais velha. Ela cochilava durante o jogo todo, mas era só ela acordar que o Brasil fazia um gol. Era tiro e queda. Então eu comecei a fazer barulhos e movimentos bruscos, para ver se ela acordava acidentalmente com mais frequência.

No último jogo, ela ficou acordada o tempo inteiro (porque foi por volta de 8h da manhã). E o Brasil ganhou. Estou cuidando para que ela nem pisque durante os jogos dessa Copa.

No dia da final, o meu avô nos deu dois canarinhos. Batizamos a fêmea de penta e o macho de hexa. Penta e hexa fugiram alguns meses atrás, quando o meu primo abriu a porta do viveiro. Ainda não sei se isso é um sinal (libertamos o hexa) ou um mal presságio (o hexa voou para longe de nós).

Eu me lembro, como eu me lembro, da vitória sobre a Alemanha.

2006 - Alemanha

Foi nessa Copa que eu finalmente entendi o que é um impedimento. Eu fiquei tão orgulhosa de mim mesma que comecei a apitar paralelamente todos os jogos, para o desespero dos que assistiam comigo.

Lembro que eu descobri o Cristiano Ronaldo. Eu assisti o primeiro jogo de Portugal, porque o Felipão era o técnico e eu ainda amava o Felipão, e descobri a qualidade técnica do C.R antes de todo mundo. Depois, quando ele começou a fazer sucesso, ficaram falando que eu me interessava era por outras qualidades dele. Ou seja, eu nunca vou ter o mérito da minha descoberta.

Aqui em casa a gente pegou uma bandeira escrito "Brasil voa para buscar o penta", utilizada em 2002, e escrevemos "hexa" em cima da palavra "penta", com brocal dourado. Ele ainda está válida para essa Copa.

Lembro que eu realmente achava que o Brasil ia ganhar.

Lembro de mim mesma sentada no tapete da casa da minha tia, com os olhos cheio de água, repetindo um mantra que criei nos últimos 5 minutos do segundo tempo: "Faz um gol, um gol, um gol, um gol, um gol..."

Por fim, lembro que eu pronunciava claramente e com energia não apenas "Zidane" como também "Se...", e era tudo destinado à "aquele cara careca".

E você? Já pensou na sua Retrospectiva Pesoal da Copa?


Postado por: Marcela

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Felicidade Clandestina

Postado por Infinito Particular às 11:12 0 comentários
Ele está lá.

E eu estou aqui escrevendo, de novo.
E se eu contar o tanto que eu o quis, o tanto que eu esperei por esse momento, ninguém vai conseguir entender porque eu estou esperando tanto.

Na verdade, nem eu mesma entendo. Talvez seja a ansiedade de saber que agora ele pode ser meu, por inteiro. Depois de tantas vezes ter imaginado esse momento, eu talvez esteja com medo de me decepcionar, agora que ele chegou. Talvez eu esteja fazendo como Clarisse Lispector, em "Felicidade Clandestina": finjo não tê-lo, só para depois ter a surpresa de descobrir que o tenho.

Ah, me deixe fingir que não te tenho. Vamos simular, só por uns instantes, que todo o tempo que estive atrás de você foi perdido, que foi em vão que te procurei por tantos lugares. Vamos fingir que você ainda está nos meus sonhos, perturbando as minhas noites e os meus dias, com essa sua ausência tão presente.
E agora, eu vou distraída para o meu quarto, onde te encontro, onde finalmente tenho você. Me permita sentir mais uma vez a sua existência inundando a minha vontade.

E embora eu pudesse viver para sempre na sensação desse jogo, de não ter só para depois descobrir que tenho, eu o quero de verdade. Por inteiro. E eu sei que depois dele nada será como antes. Pode parecer um exagero, mas eu sei que muitos me entendem.

Afinal, não acredito que eu seja a única que se apaixone por livros.
"Tudo se Ilumina", de Jonathan Safran Foer, hoje você vai finalmente ser meu. ;)

Postado por: Marcela

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Brasil !

Postado por Infinito Particular às 06:02 2 comentários
Eu sei que o Dunga é um jumento.

Sim, eu sei que falta qualidade técnica, futebol arte e amor à camisa. Eu sei que o Robinho não é lá essas coisas, que o Luís Fabiano conta demais com a sorte e com uma "mãozinha", eu sei que o Júlio César não é o melhor goleiro do mundo, e que o Kaká nem é tão gato assim, ele só se detaca porque não tem concorrência. Eu sei que ninguém explica o Grafite.

Eu sei que os jogadores ganham milhões para participar da Copa, e que a maioria de nós não vai ganhar nem a metade disso durante toda a vida. Eu sei que a Fifa tem muito dinheio, eu sei que a Globo ganha uma grana preta, e que o Galvão Bueno deve saber de algum segredo muito importante da emissora, para ainda ser mantido lá.

Eu sei que a Argentina está muito bem, obrigada.

Eu sei que o nosso patriotismo só aparece na época da Copa. Eu sei que as eleições estão aí. Eu sei que, no fim das contas, tudo é marketing.

Eu não ignoro os problemas, os erros, as confusões. Eu sei de tudo isso.
Mas eu torço, eu choro, eu vibro. Eu amo Copa do Mundo.

E não é por causa do futebol não, que eu gosto, mas nem tanto assim. Eu amo realmente a Copa do Mundo. O fato de ser um evento que movimenta pessoas no mundo inteiro, e não é uma guerra, nem uma corrida por territórios ou recursos minerais. É esporte. E é torcida, muita gente vibrando por um único motivo, torcendo pela mesma coisa, mandando energias positivas em um único sentido. É a alegria de muita gente, que só tem isso: essa esperança de perceber como as coisas se encaixam, como para tudo se dá jeito, como de alguma forma a gente se une. A gente é capaz de se unir! De querer todo mundo a mesma coisa, uma vitória que seja de todos, que seja para todos.

É pelo Brasil que eu torço quando a seleção entra em campo. É por nós que eu vibro, pelo povo. Não é só na Copa do Mundo que eu torço pelo povo, e é claro que eu queria que essa fosse uma realidade de maneira geral. Eu queria que todo mundo mandasse essa energia positiva coletiva para várias outras coisas, eu queria que a gente se articulasse assim também no dia a dia. Eu sei que isso devia ir além da Copa do Mundo.

Mas essa consciência de que de maneira geral as pessoas agem assim só durante a Copa, não a torna menos bela, includente e mágica. Eu não vou condenar um momento importante, só porque sei que deveriam haver muitos outros nas mais diversas situações.

Eu sei. Sei de todos os argumentos.
Mas eu sei também que eu torço pela nossa alegria, e para que a gente perceba a nossa força e a nossa capacidade de mandar o Brasil para frente. O Brasil, literalmente.

Postado por: Marcela

domingo, 20 de junho de 2010

Brasil .

Postado por Infinito Particular às 14:38 1 comentários

 

O apita soa. Rompem-se as fronteiras.

190 milhões de corações batem num ritmo compassado, ensaiado para torcer.

O hino toca e toca os corações.

Os olhares estão voltados para a majestade, a bola. E seus súditos como que correm para referenciar sua soberania, e o jogo começa.

É muito mais que um esporte, é uma vida. E que vida. Emocionante, ardente, vibrante.

E então a respiração cessa. E o único barulho que se ouve é o som seco da bola rasgando o ar, passando pelo goleiro.

Som seguido por gritos de uma felicidade contagiante, alucinante.

É uma NAÇÃO unida, para torcer , amar, apoiar e acreditar na Seleção, para poder mostrar para um MUNDO que

Felicidade é ser BRASILEIRA !

Postado por : Jéssica

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sensações

Postado por Infinito Particular às 14:55 0 comentários
Eu naõ sei se sou somente eu, mas as coisas mais absurdas aguçam em mim as sensações mais incríveis.
Eu me delicio quando vejo um livro velho, e começo a imaginar por onde ele passou. Quantas mãos já o tocaram e o quanto elas se deliciaram com cada página, cada palavra.Isso me ativa uma curiosidade imensa – como se um dia eu pudesse descobrir a história de um livro: por onde ele passou e que mudnaças ele deixou.
Mas não venha me dizer que tem coisa melhor que cheirinho de Melissa nova, por que vou descordar até a morte. Gente, alguém sabe me descrever aquele cheirinho ? É tão bom ! Ele mescla o cheiro de chiclete de tutti frutti, com o de roupa nova e não mais o quê. Só sei que é único. Inconfundível. E que ainda não consegui comparar a nada, ou explicá-lo.
E quando eu oucço Ray Charles, Dione Warmwick ou qualquer cantor antigo ( o que é um termo que eu não gosto muito de usar) ? Meu Deus, é como se eu tivesse ido no show de lançamento da música, subido no palco e cantado, junto com ele. E tenho saudade disso. Saudade de algo que nem vivi. Mas quero viver e reviver se possível.
São sensações bobas, mas que afloram à for da pele com uma intensidade tão forte. Tão inexplicável. Ah, são as pequenas coisas da vida que passam despercebidas para alguns olhares, mas que cá entre nossos são irresistíveis pra mim !

Postado por: Jéssica

Escrever.

Postado por Infinito Particular às 14:30 0 comentários

Sabe, outro dia estava numa roda de conversa e surgiu o assunto “talentos”. E então veio a questão qual é o seu talento? Para quê você nasceu? Por que está nesse mundo ? E alguém disse: ‘estamos todos pra fazer algum diferença não é verdade?’. Alguns fazem a diferença cantando e sabem tornar sua voz a propagadora das mais belas melodias. Outros nasceram para o esporte. Para encontrar na atividade física uma beleza incessante, que os motiva, e que os faz motivar  uma torcida. Tem também aqueles que usam o corpo como forma de expressar, de se mostrar ao mundo através da dança e do teatro. Mas, pra mim, a forma mais apaixonante de todas é escrever. É ter a capacidade de transmitir em palavras o que as vezes só o sentimento explica, de preencher cada letra com vida, e nesse caso com a minha vida. Porque acho que é esse o meu talento. Traduzir um beleza que poucos conseguem exergar para o papel e permitir a eles que enxerguem também. Isso é fascinante. E surgiu a pergunta ‘como escrever pode mudar o mundo ? Afinal as pessoas leêm e pronto?!’ Eu acredito no poder das palavras. Acredito que quando alguém lê os olhos são paenas um instrumento para as palavras chegarem ao coração, para tocar alguém , masi profundamente. E se pode mudar um mundo eu não sei, mas uma coisa eu sei: escrever muda meu mundo a cada dia ; e ler tabém tem uma capacidade enorme de me transformar, de me melhorar, de me encantar. E não existe maior marca que eu queira deixar no mundo do que essa: palavras que me transformam e que podem transformar os outros também.

Então bem-vindos ² a esse infinito particular.
Meu legado, meu talento, meu tudo são as palavras.

Postado por: Jéssica
 

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